sexta-feira, 21 de setembro de 2012

As Árvores Sagradas dos Celtas (2~5)

As Árvores Sagradas dos Celtas (Parte 2 de 5)

Azevinho




















É normalmente representado em imagens natalinas por se tratar de uma das poucas plantas que persistem sob o inverno rigoroso do hemisfério norte.  
Nativo das Ilhas Britânicas, é associado aos guerreiros, que faziam as hastes de suas lanças com a madeira do azevinho.
Para os celtas, o azevinho era considerado um dos reis das florestas. Ele reinava juntamente com "seu irmão", o rei carvalho, e partilhavam o mesmo trono, porém, cada um reinava a metade de um ciclo anual. 
No Brasil, infelizmente, não é muito comum. Serviriam como excelentes cercas vivas se  seu  crescimento não fosse extremamente lento. 
A palavra "Hollywood" significa "Bosque" ou  "Floresta de azevinhos" . Dizem que é porque o local era rondado de arbustos de Azevinhos, antes de ser tornar um dos maiores centros cinematográficos do mundo.


Carvalho 





















Conhecido como "O Rei das Florestas", é muito raro no Brasil,. É mais facilmente encontrado no sul, em locais onde colônias europeias se estabilizaram. Alguns imigrantes trouxeram com eles bolotas que foram plantadas e germinaram. Alguns, hoje, com mais de cinquenta anos, já produzem sementes capazes de gerar novas mudas.
A palavra "Duir" quer dizer "Porta" e, como  árvore sagrada, facilitava a passagem para o mundo espiritual, por este motivo, nos bosques de carvalhos, os antigos celtas costumavam realizar seus rituais. A própria palavra "Druída" tem como tradução  "aquele que tem o conhecimento do Carvalho"
Os Carvalhos podem alcançar facilmente os 500 anos. Há um antigo provérbio que diz:  O carvalho leva 300 anos a crescer, 300 anos a manter-se adulto e 300 anos a morrer....


Macieira





















Na lenda do Rei Arthur, a Ilha de Avalon é conhecida como  "A Ilha das Macieiras". 
A árvore tem forte ligação com o pecado bíblico, sendo considerada, por muitos, como o fruto da maldição. É possivel que esta relação seja devido à maçã estar associada ao feminino e a fertilidade, co-relacionando ambos com "Eva" e o "Sexo". Especula-se que o fruto proibido, citado do "Gênesis", tratava-se do "figo" , ou uma espécie de "banana", e não de uma maçã.
Foi a partir da idade média que a maça tomou o lugar de "fruto proibido", quando a mulher passou a ser vista como a principal culpada pelo pecado original e a expulsão do ser humano do paraíso.
Era comum, nas cerimônias do Samhain, beber a cidra de maça para auxiliar nas viagens astrais e abrir as visões. 

As Árvores Sagradas dos Celtas


As Árvores Sagradas dos Celtas (Parte 1 de 5)



Todas as árvores são sagradas, assim como tudo que tem vida ,masos celtas tinham algumas árvores como "particularmente sagradas", assim sendo, prestavam cultos e homenagens à algumas em particular.
Postarei aqui a respeito de algumas destas árvores em questão, que são conhecidas aqui no Brasil e em Portugal.



Salgueiro




















Comecemos pelo lendário "Chorão", embora a espécie não se resuma unicamente no salgueiro chorão" ( lembremos do famoso "salgueiro lutador" que também é um Salix).
É uma árvore que está intimamente ligada às bruxas, inclusive, a palavra "Witch" deriva de "Willow" (salgueiro em inglês). Está também ligada à Lua e a Àgua e a outros aspectos femininos.
Os celtas veneravam o salgueiro de modo muito peculiar e nutriam por ele uma grande fascinação. Para eles, esta árvore era considerada uma grande fonte de inspiração de sonhos, de poesia, de música e de encantamentos.
Na Irlanda, o salgueiro toma o seu lugar como uma das "sete árvores sagradas do bosque da Irlanda" - ao lado da bétula, da maçieira,  do amieiro, do azevinho, da aveleira e do carvalho (esta lista, de acordo com Robert Graves em seu livro " A Deusa Branca ").
Algumas árvores no Brasil são normalmente confundidas com o salgueiro, como a 'Aroeira pendente' e a 'Escova de Garrafa'.


Sabugueiro





















O Sabugueiro também é uma árvore bastante associada às bruxas, de modo especial, às bruxas velhas.
Na Europa Antiga, eram plantados nas frentes das casas para impedir a entrada de males e, nas tumbas, para protegerem os mortos.
Há também a lenda pós-cristã de que foi da madeira do Sabugueiro que foi feita a cruz do calvário de Cristo, por este motivo dava azar cortar um sabugueiro.
Sua casca é famosa por suas propriedades terapeuticas e suas flores ainda usadas para tratar catapora.



Hera




















Embora não seja uma árvore e sim uma trepadeira, há séculos é  considerada uma planta mística e é comum vermos imagens de casas de fadas e gnomos cobertos por heras.
A Hera é mais comum no sul e sudeste do Brasil, sendo bastante utilizada como planta ornamental e é facilmente encontrada em jardins para cobrir muros.
Coroas de hera eram confeccionadas nas festividades com o intúito de atrair as fadas e os espíritos da natureza.
Os druidas a consideravam a contraparte feminina do azevinho (masculino) e quando colocados juntos, crescendo, ou decorando, acreditavam dar grande proteção, equilíbrio e sabedoria.


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os Elfos




Elfos

Elfo é uma criatura mística da Mitologia Nórdica e Céltica, que aparece com frequência na literatura medieval européia.
Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr, também chamados de "elfos da luz" - Ljosalfr. São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divinos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas. De fato, a palavra "Sol" na língua nórdica era Alfrothul, ou seja: o Raio Élfico; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos e anões.
Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais. Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos, estreita ligação com a natureza e geralmente acompanhadas de ótimos arqueiros.

Descrição

As mais antigas descrições de elfos vêm da Mitologia Nórdica. Eram chamados álfar, de singular álfr. Outros seres com nome etimologicamente relacionados a álfar sugerem que a crença em elfos não se restringe aos escandinavos, abrangendo todas as tribos Germânicas. Essas criaturas aparecem em muitos lugares.
Shakespeare as imaginava como seres pequeninos, descrição essa que o autor de O Senhor dos Anéis, Tolkien, odiava. Os elfos são sábios, não muito altos cerca de 1,60m de altura, belos e quase imortais. Há outro tipo de elfo chamado "Elfo Bárbaro", que dizem que foi "invocado" para ajudar um vilarejo. Ele pode ter até 2,10m de altura, e possui uma aparência similar a de um Guerreiro Bárbaro. Essa variação pode ser vista no jogo World of Warcraft, na seleção de personagens. Há também muitos tipos diferentes de elfos no jogo de cartas da Wizards, Magic: The Gathering.

Literalmente, os elfos são gênios que, na mitologia escandinava, simboliza o ar, a terra, o fogo e água.
No poema Völundarkviða, o herói ferreiro Völundr foi chamado "Governante dos Elfos" (vísi álfa) e "Rei dos Elfos" (álfa ljóði). A introdução em prosa desta obra também o identifica como filho dos Finns ou fineses, povo ártico respeitado por sua magia xamânica.
Na Saga de Thidrek, uma rainha humana descobre que o amante que a engravidou é um elfo e não um homem e depois dá à luz o herói Högni.
Na Saga de Hrolf Kraki, um rei chamado Helgi estupra e engravida uma elfa vestida de seda que era a mulher mais bela que jamais vira. A elfa dá a luz a meia-elfa Skuld, muito capaz em feitiçaria (seiðr) e quase invencível em batalha. Quando seus guerreiros caíam, ela os fazia erguerem-se de novo para continuar a luta. A única forma de derrotá-la era capturá-la antes que pudesse convocar seus exércitos, que incluíam guerreiros elfos. Skuld casou-se com Hjörvard, que matou Hrólfr Kraki.
Também o Heimskringla e na Saga de Thorstein, o Filho do Viking, relatos de uma linhagem de reis locais que governaram Álfheim, correspondente à atual província sueca de Bohuslän, cujos naturais desde então teriam sangue élfico e tinham a reputação de serem mais belos que a maioria dos humanos. O primeiro rei se chamou Alf (elfo) e o último, Gandalf (Elfo do Bastão, inspiração para o Gandalf tolkeniano).
Os elfos são também descritos como semideuses associados à fertilidade e ao culto dos ancestrais, como os daimones gregos. Como espíritos, os elfos podem atravessar portas e paredes como se fossem fantasmas, o que acontece nas Norna-Gests þáttr.
O mitógrafo e historiador islandês Snorri Sturluson referiu-se aos anões (dvergar) como "elfos da escuridão" (dökkálfar) ou "elfos negros" (svartálfar) e referiu-se aos outros elfos como "elfos da luz" (ljósálfar), o que frequentemente foi associado com a conexão dos elfos com Freyr, o deus nórdico do Sol (segundo Grímnismál, Edda Poético).
Na poesia e nas sagas nórdicas, os elfos são ligados aos Æsir pela frase muito comum "Æsir e os elfos", que presumivelmente significa "todos os deuses". Alguns eruditos comparam os elfos aos Vanir (deuses da fertilidade). Mas no Alvíssmál ("Os ditos do Conhecedor de Tudo"), os elfos são considerados diferentes tanto dos Vanir quanto dos Æsir, como mostra uma série de nomes comparativos na qual são dadas as versões dos Æsir, dos Vanir e dos elfos para diferentes palavras, refletindo as preferências de cada categoria.
É possível que haja uma distinção de estatuto entre os grandes deuses da fertilidade (os Vanir) e pequenos deuses (os elfos). Grímnismál relata que Frey (um dos Vanir) era o senhor de Álfheimr. O Lokasenna diz que um grande grupo de Æsir e elfos reuniu-se na corte de Ægir para um banquete. Menciona vários poderes menores, servos dos deuses como Byggvir e Beyla, pertencentes a Freyr, the lord of the elves, que eram provavelmente elfos, pois não são contados entre os deuses. Dois outros servos mencionados são Fimafeng (morto por Loki) e Eldir.
Um poema composto por volta de 1020, o Austrfaravísur ("Versos da Jornada para o Leste"), Sigvat Thordarson diz que, por ser cristão, recusou-se a entrar em um lar pagão, na Suécia, porque um álfablót ("sacrifício aos elfos") estava em curso. Provavelmente, tal sacrifício envolvia uma oferenda de alimentos. Da época do ano (próxima do Equinócio de Outono) e da associação dos elfos com fertilidade e ancestrais, pode-se supor que isso estava relacionado com o culto dos ancestrais e da força vital da família.
A Saga de Kormák, por sua vez, relata como um sacrifício aos elfos podia curar um ferimento de guerra.
Considerando a tradição inglesa, a palavra elf do inglês moderno vem do inglês antigo ælf (pl. ælfe, com variantes como ylfe e ælfen). Originalmente, referia-se aos elfos da mitologia nórdica, mas também as ninfas dos mitos gregos e romanos foram traduzidas pelos monges anglo-saxões como ælf e suas variantes.
Elf-shot (ou elf-bolt ou elf-arrow, "flecha élfica") é uma palavra encontrada na Escócia e Norte da Inglaterra desde o século XVI, inicialmente com o sentido de "dor aguda causada por elfos", mas que depois passou a denotar pontas de flecha de pedra lascada, do neolítico, que no século XVII eram atribuídas pelos escoceses aos elfos e usadas em rituais de cura. Supostamente eram também usadas por bruxas (e, talvez, elfos) para causar mal a pessoas e gado. Tufos de cabelo embaraçado eram chamados elf-lock ("madeixa élfica") e supostamente causados por travessuras dos elfos. Paralisias repentinas eram às vezes atribuídas a golpes élficos.
A maioria dos elfos mencionados em baladas medievais inglesas são do sexo masculino e frequentemente de caráter sinistro, inclinados ao estupro e assassinato, como o Elf-Knight ("Cavaleiro Elfo") que rapta a rainha Isabel. A única elfa mencionada com frequência é a Rainha dos Elfos, ou da Elfland.
Já nos contos populares do início da Idade Moderna, os elfos são descritos como entidades pequenas, esquivas e travessas, que aborrecem os humanos ou interferem em seus assuntos. Às vezes, são consideradas invisíveis. Nessa tradição, os elfos se tornaram sinônimos das "fadas" originadas da antiga mitologia céltica, como os Ellyll (plural Ellyllon) galeses.
Mais tarde, a palavra elf, assim como o termo literário fairy, evoluiu para denotar, em geral, vários tipos de espíritos da natureza, como pwcca, hobgoblin, Robin Goodfellow, o brownie escocês e assim por diante. Esses termos não são mais claramente distinguíveis no folclore e passaram a ser equivalentes do igualmente genérico termo português encantados.
Uma lenda diz que se alguém espalhar folhas de escambroeiro ou espinheiro-cerval (Rhamnus cathartica, em inglês blackthorn, de frutos purgativos) em um círculo e dançar dentro dele sob a lua cheia, aparecerá um elfo. O dançarino deve ver o elfo e dizer, Halt and grant my boon! ("Pare e me dê a bênção!") antes que ele fuja. O elfo atenderá então a um desejo.
Na literatura brasileira, há referências especialmente em novos autores de literatura fantástica. Aparecem em romances como A Chave da Harmonia: Rachaduras na Ordem, de Marcello Salvaggio, e Pelo Sangue e Pela Fé, de Cláudio Villa.
Já nas obras do ciclo de Melniboné, de Michael Moorcock, os habitantes deste reino são em diversos aspectos uma subversão dos elfos tolkenianos.

Fonte: Wikipédia

A Sabedoria das Árvores


A Sabedoria das Árvores



É importante entender os motivos pelos quais os antigos celtas cultuavam com tanta vereneração as árvores, e porque seus bosques eram, para eles, tão sagrados.
Para eles, as árvores eram consideradas seres vivos que possuiam um infinito conhecimento e sabedoria. Eles imaginavam o Universo na forma de uma grande árvore cujas raízes aprofundavam-se até o submundo. Os troncos cresciam através do espaço e os ramos atingiam os céus.
O povo celta designava uma árvore para cada fase da lua em seu calendário. Isto, de acordo com as propriedades mágicas, medicinais, e também simbólicas, de cada uma delas.
Portanto, o Signo Celta é baseado no ciclo da Lua, com o ano dividido em 13 meses lunares. Os druidas acreditavam que a raça humana descendia de árvores e que cada árvore era dotada de qualidades místicas próprias. Eles codificaram esses mistérios em um alfabeto secreto conhecido como o Ogham ( pronuncia-se Ouan).
Os celtas dividiam o ano em três estações: primavera, verão e inverno. Além disto, acreditavam que a divindade era uma trindade (algo muito semelhante, posteriormente, se estabeleceu no cristianismo), dividida em três partes:


(Foto:Triskle / Símbolo do Tríplice Universal)


Divino Universal / galáctico ou etéreo;
Masculino / solar;
Feminino / lunar.
O número Três sempre esteve associado ao sagrado. Na numerologia ele é o número que simboliza o acrécimo e, não raramente, vemos em diversas culturas o número três ligado ao divino.
Um dos simbolos celtas mais conhecidos é o Triskle (ou triskele), que representa a tríade que move o universo. É um símbolo formado por três espirais interligados que representam o fluxo do "três divino".
Os druidas compunham três círculos de homens chamados "conselhos", como uma se fosse uma divisão política. O primeiro conselho era denominado "Oshar", o conselho da árvore da verdade; o segundo era "Altar", o conselho da árvore do conhecimento, do caos e da ordem; o terceiro, Iltar, o conselho da árvore da vida.

Fato é que, para este povo antigo, as árvores possuiam todo o conhecimento em sí e eram os seres mais divinizados, pois estavam, mais do que qualquer outro ser, conectados intimamente aos elementos da natureza, sem precisar fazer muito esforço para isto.
Mais do que qualquer outro ser, conectadas à terra (literalmente enraizadas nela), à àgua (através da captação natural e reservatório natural), ao fogo (captação solar para fotossíntese, transformação que um ser animal não é capaz naturalmente) e o ar (através da captação do gás carbônico, transformando-o no oxigênio fundamental à vida na terra).
Isto prova que os celtas não cultuavam as árvores por mera idolatria, mas havia, acima de tudo, um fundamento claro para toda esta crença.


A Lenda das Amendoeiras




Diz a lenda que, há séculos atrás, antes do reino de Portugal existir, quando a região do Algarve era habitada pelos mouros, reinava o jovem Ibn-Almundim, famoso por suas vitórias bélicas.
Um dia, entre os prisioneiros capturados, o jovem rei deparou-se com uma linda donzela de nome Gilda. Encantado com a beleza da moça, o rei enamorou-se dela, a libertou, conquistou sua confiança, a cortejou e, por fim, a tomou como esposa.
A felicidade reinava entre os dois até que, um dia, a rainha adoeceu sem que ninguém soubesse a causa de sua enfermidade e a preocupação com sua saúde se espalhou por todo reino.
Um velho prisioneiro que pertencia ao país de onde viera a rainha Gilda, ao saber que ela perecia, pediu para ser recebido pelo rei, pois, dizia ele, que podia descobrir a causa da doença apenas ao olhar para ela.
O sábio, conhecendo as origens da donzela, disse ao rei que o sofrimento que a assolava era, simplesmente, nostalgia, pois sentia falta de seu país e da neve das terras do norte. O Rei perguntou ao sábio se havia algo a ser feito para amenizar o sofrimento de sua amada e o velho homem disse que a solução era plantar, por todo o reino, amendoeiras em flor, para que quando florissem, suas brancas flores, do alto do castelo, poderiam dar a ilusão de um campo nevado.
O rei acatou o conselho do sábio e mandou que as amendoeiras fossem plantadas por todo o império.
Na chegada primavera, o rei levou a rainha até o terraço do castelo e mostrou à ela reino repleto de amendoeiras que davam a impressão de um grandioso campo nevado.
A rainha, ao se deparar com aquela visão, sentiu-se reconfortada, encheu-se de alegria e recobrou suas forças.
Ambos viveram longos anos de um intenso amor, e esperavam, ansiosos, a primavera que vinha trazer a espetacular visão das amendoeiras em flor de neve.


domingo, 16 de setembro de 2012

The Celts 3 great songs


Celtic Music - Legend


A Diferença Histórica entre Magos, Feiticeiras e Bruxas.




Bem, este post é para esclarecer um pouco das diferenças que há entre um mago, uma feiticeira e uma bruxa, segundo dados históricos.
De acordo com o livro "Bruxaria e História: as Práticas Mágicas no Ocidente Cristão", há sim uma diferença histórica entre eles e se hoje se misturam muitas das palavras para designar uma pessoa que faz uso de alguma prática mágica, nem sempre foi assim.
Os magos, de alguma forma, na antiguidade, eram ligados à nobreza. Eram homens cultos, conhecedores de alquimia, teologia, filosofia e eram considerados sábios que possuiam grande conhecimento nas mais diversas áreas.
As feiticeiras estão diretamente ligadas à Idade Média e eram mulheres que tinham grande conhecimento das ervas, da medicina natural e da natureza e seus mistérios. Faziam poções, lançavam feitiços, sortilégios e divulgavam supertições.
As Bruxas surgiram posteriormente, na idade moderna, e eram mulheres que, segundo a Igreja acreditava, participavam de seitas demoníacas e tinham pactos com o "diabo" (lembrando que diabo é um termo cristão e as bruxas jamais acreditaram nele), por praticarem rituais pagãos. Na chamada "Santa Inquisição" foram elas as perseguidas e queimadas na fogueira. De tabela, as feiticeiras, mesmo as que se diziam cristãs, também acabaram indo pois apresentavam risco às crenças cristãs. Já os magos não, eles continuaram, de alguma forma, sendo respeitados.
Pelo menos até tudo se mesclar e as palavras que antes não existiam começarem a aparecer como: feiticeiros (antes designada somente às mulheres), bruxos (os homens acusados de bruxaria na Inquisição eram porque eram coniventes com as práticas das mulheres tidas como bruxas) e magas (pouco utilizada mas ainda assim conhecida).




Bruxas e Feiticeiras



Não quero, de modo algum, limitar os sentidos das palavras, mas a história faz a designação segundo a atuação.
O termo "feitiçaria" provém de farmakía, que significa "drogueadores", e no latim é veneficae, de onde também deriva a palavra "veneno". Ou seja, preparação de misturas com fins terapêuticos a partir de ervas e plantas. Obviamente que as misturas eram, muitas vezes, utilizadas para provocarem estados alterados de conciência e até mesmo em preparos de venenos, não necessariamente usados contra seres-humanos.
O termo "bruxaria", tão utilizado pela Igreja na Inquisição, em latim é maleficiis, a mesma origem da palavra "maleficio", maleficus, ou seja, aquele que praticava o que era "mau", segundo as crenças cristãs.
Podemos dizer que nem toda bruxa era uma feiticeira e nem toda feiticeira era bruxa, mas todas as mulheres que, mesmo sem se darem à prática da feitiçaria mas participavam de rituais pagãos, eram, para o "Santo Ofício", uma má influência ao povo e aos interesses do Clero.

Com o passar dos séculos as palavras foram de misturando e hoje diz-se que uma bruxa é uma feiticeira e vice-versa. Bem, não é novidade que milhares de pagãos foram queimados na fogueira, decapitados e torturados durante a Inquisição e, como as feiticeiras também haviam entrado em julgamento, o conhecimento da ervas e as práticas religiosas que antes eram divididos tiveram que se condensar em alguns grupos e, secretamente, foram passando de geração em geração.
Não há como dizer nos tempos atuais que uma bruxa não é uma feiticeira, já que na bruxaria moderna o uso e preparos de ervas, bem como de talismãs, é muito comum.
Se há, em contrapartida, feiticeiras que não gostam de ser denominadas bruxas, elas que se justifiquem, afinal, na minha concepção, não existe mal algum em ser uma ou outra, ou as duas.

Por: Hugo Mendes
Fonte: Vale do Mago

Celtic Music - Dance with the Tees (Video)


A Batalha dos Dois Reis




Na mitologia celta, o Rei Carvalho e o Rei Azevinho são rivais. Todos os anos eles lutam pelo domínio da floresta. A chegada do inverno, marca a vitória do Rei Azevinho e, no verão, vence o Rei Carvalho. Assim os celtas explicavam as mudanças das estações.
O carvalho é caducifólia, ou seja, suas folhas caem durante o inverno e ele entra em estado "dormente". Já os avezinhos permanecem sempre verdes e são uma das poucas espécies que mantêm sua folhagem  mesmo nos meses mais frios.



The Holly King - Rei Azevinho
No inverno do hemisfério norte, os grandes e magestosos carvalhos, ao perderem suas folhas, deixam com que os azevinhos, arbustos menores e escondidos entre grandes árvores, se destaquem na paisagem branca e árida da neve.
O solstício de inverno, marca a vitória, aparente, do Rei Azevinho sobre seu rival o deixando nú (sem folhas). Mas o Rei carvalho não morre e  logo após o solstício já começa a recuperar suas forças.
Quando o sol começa a derreter a neve, o Rei Carvalho volta a se coroar, ofusca o Rei Azevinho e o esconde. Domina sobre a floresta e estende sua folhagem frondosa, manisfestando sua vitória.
Porém, o Rei Azevinho, sem descanso, continua sua luta para sair do esconderijo até conseguir reinar novamente.