terça-feira, 18 de setembro de 2012

A Sabedoria das Árvores


A Sabedoria das Árvores



É importante entender os motivos pelos quais os antigos celtas cultuavam com tanta vereneração as árvores, e porque seus bosques eram, para eles, tão sagrados.
Para eles, as árvores eram consideradas seres vivos que possuiam um infinito conhecimento e sabedoria. Eles imaginavam o Universo na forma de uma grande árvore cujas raízes aprofundavam-se até o submundo. Os troncos cresciam através do espaço e os ramos atingiam os céus.
O povo celta designava uma árvore para cada fase da lua em seu calendário. Isto, de acordo com as propriedades mágicas, medicinais, e também simbólicas, de cada uma delas.
Portanto, o Signo Celta é baseado no ciclo da Lua, com o ano dividido em 13 meses lunares. Os druidas acreditavam que a raça humana descendia de árvores e que cada árvore era dotada de qualidades místicas próprias. Eles codificaram esses mistérios em um alfabeto secreto conhecido como o Ogham ( pronuncia-se Ouan).
Os celtas dividiam o ano em três estações: primavera, verão e inverno. Além disto, acreditavam que a divindade era uma trindade (algo muito semelhante, posteriormente, se estabeleceu no cristianismo), dividida em três partes:


(Foto:Triskle / Símbolo do Tríplice Universal)


Divino Universal / galáctico ou etéreo;
Masculino / solar;
Feminino / lunar.
O número Três sempre esteve associado ao sagrado. Na numerologia ele é o número que simboliza o acrécimo e, não raramente, vemos em diversas culturas o número três ligado ao divino.
Um dos simbolos celtas mais conhecidos é o Triskle (ou triskele), que representa a tríade que move o universo. É um símbolo formado por três espirais interligados que representam o fluxo do "três divino".
Os druidas compunham três círculos de homens chamados "conselhos", como uma se fosse uma divisão política. O primeiro conselho era denominado "Oshar", o conselho da árvore da verdade; o segundo era "Altar", o conselho da árvore do conhecimento, do caos e da ordem; o terceiro, Iltar, o conselho da árvore da vida.

Fato é que, para este povo antigo, as árvores possuiam todo o conhecimento em sí e eram os seres mais divinizados, pois estavam, mais do que qualquer outro ser, conectados intimamente aos elementos da natureza, sem precisar fazer muito esforço para isto.
Mais do que qualquer outro ser, conectadas à terra (literalmente enraizadas nela), à àgua (através da captação natural e reservatório natural), ao fogo (captação solar para fotossíntese, transformação que um ser animal não é capaz naturalmente) e o ar (através da captação do gás carbônico, transformando-o no oxigênio fundamental à vida na terra).
Isto prova que os celtas não cultuavam as árvores por mera idolatria, mas havia, acima de tudo, um fundamento claro para toda esta crença.


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