domingo, 16 de setembro de 2012
Os Bosques Sagrados - Nemetons
Os Bosques Sagrados - Nemetons
Os Antigos Celtas cultuavam as árvores como verdadeiras deidades e muitos bosques eram considerados locais sagrados, onde seres divinos habitavam.
Para esta antiga civilização, as árvores eram o símbolo primordial da vida. Reza uma antiga lenda celta que o primeiro homem fora criado de um amieiro e a primeira mulher de uma sorveira.
Mas as árvores também eram um símbolo de morte e renascimento. Muitas transmitiam este poder quando, nos meses do Outono e do Inverno, perdiam suas folhas. A capacidade de brotar, florir e frutificar novamente, era visto com admiração e sacracidade.
Em certas regiões, caixões de madeiras eram feitos de troncos ocos. Diziam que o espirito daquela árvore podia guiar o morto ao outro mundo.
Os espiritos das árvores eram tão reverenciados, que os celtas acreditavam que plantando um broto, semente, ou estaca, no mesmo local onde a árvore mãe havia secado, alí permaneceria o espirito guardião da árvore.
Os celtas não tinham templos como outros povos europeus da época e eram nos bosques sagrados que os ritos e cerimônias eram realizados. Para eles, alí, em contato direto com a natureza e os espíritos das árvores e das florestas, é que podiam entrar em contato com o divino universal.
Os bosques eram a morada de seres encantados, fadas e outros elementais, por isso, deviam ser respeitados e temidos. Alguns locais, porém, deveriam ser evitados, pois eram lares de energias obscuras, onde somente alguns druídas, bardos e anciãos podiam entrar. Normalmente, eram lugares onde cresciam espinheiros, e os elementais do local podiam enfurecer-se voltando-se contra os intrusos.
Haviam também, nos bosques, os poços sagrados e, geralmente, quando necessitavam da água, os celtas amarravam uma oferenda na árvore mais próxima ao poço a fim de reverenciar o espírito guardião e os seres que alí estavam.
A palavra celta para bosque sagrado era "Nemeton", e os bosques de carvalhos eram, geralmente, os escolhidos para as reuniões e assembléias druídicas. A própria palavra druida sugere que o nome seja uma derivante de drus (carvalho) e seu significado seja "aquele que tem o conhecimento do carvalho". O bosques de carvalho seriam, portanto, os locais mais indicados na busca pela sabedoria.
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