Vitex - A Árvore da Castidade
Seu nome científico, 'Vitex agnus-castus', vem do latim e quer dizer "cordeiro-casto". É uma planta de origem mediterrânea e seu uso para fins terapêuticos é muito antigo. O chá das folhas e flores era indicado para mulheres com problemas ginecológicos e disfunções hormonais. Os antigos persas o utilizavam no tratamento de desordens psíquicas que eles tinham como "loucuras". Hoje sabemos que muitas delas eram causadas exatamente pela disfunções dos hormônios no organismo.
Chaste Tree Flowers
Na idade média, com a ascensão da Igreja Católica, a busca pela vida monástica foi se itensificando. Após o declínio do império romano que tanto perseguiu os cristãos e fez tantos mártires virarem santos, a procura pela santidade tornou-se um lema para boa parte dos religiosos.
Na Idade Média a Igreja decretou obrigatório o celibato de padres e freiras para defender seu patrimônio e evitar disputas entre os herdeiros dos clérigos. Ela então pregava que, além de celibatários (não se casarem), os religiosos tinham que procurar viver na castidade (não praticarem nenhum tipo de relação sexual) para atingirem altos níveis de santidade.
É claro que para os religiosos, abster-se de relações sexuais era, de longe, o mais difícil dos votos a serem cumpridos, então eles descobriram uma forma de evitar o pecado.
O Vitex, famoso no tratamento de doenças femininas, também era conhecido por sua contra-indicação em pacientes masculinos. Isto porque o chá que auxiliava nos disturbios da mulher acarretava, com grande efeito, problemas de ereção no homem. Da mesma forma diminuia a libido sexual masculina.
Monks Garden
Os monges estavam diante de algo que podia auxilia-los a viver a castidade tão desejada e não demorou para que os grandes mosteiros da Europa tivessem plantações de "vitex" em seus jardins e pomares.
O uso em algumas ordens religiosas tornou-se tão regular que alguns diziam que o chá diário da planta era mais que um sinal de devoção mas uma obrigação para não cair em tentação.
Monks Garden
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